À conversa com… a Saúde Mental

20 de Outubro

Dia Mundial Combate ao Bullying

A 20 de Outubro assinala-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying.

Sabe-se que mais de 1 em cada 3 alunos, entre dos 13 e 15 anos, experienciam bullying. 46% dos jovens portugueses entre os 13 e 15 anos afirmam ter sofrido ou ter estado envolvidos em situações de bullying no ano anterior (dados UNICEF).

Mas o que é o bullyingO bullying corresponde a um comportamento intencionalmente agressivo, violento e humilhante, que envolve um desequilíbrio de poder: as crianças que fazem bullying usam o seu poder (a sua força física ou o acesso a alguma informação constrangedora, por exemplo) para controlar e prejudicar outras crianças. É um comportamento repetido ao longo do tempo, que acontece mais do que uma vezInclui comportamentos como ameaçar, espalhar boatos, atacar alguém fisicamente (bater, arranhar, cuspir, roubar ou partir objectos) ou verbalmente (chamar nomes, provocar, dizer às outras crianças para não serem amigas de uma delas, gozar) ou excluir alguém do grupo propositadamente.

Especialmente neste dia, partilhamos algumas estratégias que se podem utilizar para lidar com situações de bullying, por exemplo:

  • Ignorar o bullie/agressor e virar-lhe as costas. Quando conseguimos devemos tentar ao máximo ignorar as ameaças. Fingir que não o estamos a ouvir e continuar a andar para um sítio onde haja mais colegas e adultos por perto é uma boa estratégia. Ao ignorar os seus emails ou mensagens estamos a transmitir a mensagem de que não queremos saber. Os bullies procuram uma reação às suas provocações e maldades, se não a conseguirem perdem mais facilmente o interesse. Agir como se o bullie nem existisse pode parar o seu comportamento.
  • Não mostrar sentimentos. Quem é que não fica realmente irritado e zangado com um bullie? O problema é que é exatamente essa a reação que o bullie procura provocar em nós. Os bullies querem controlar as nossas emoções. O ideal é conseguirmos ignorar, ir embora, fazer uma piada… Podemos tentar distrair-nos a nós próprios (por exemplo, contar até 100 ou dizer a palavra “tartaruga” ao contrário), para manter a nossa cabeça ocupada com outra coisa até estarmos num sítio seguro onde podemos mostrar e falar sobre os nossos sentimentos a um amigo.
  • Não fazer bullying nem andar à luta. Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti, ou seja, não batas, dês pontapés, empurres ou maltrates alguém como forma de reagir ao bullying. Fazer bullying de volta só dá satisfação ao bullie e é perigoso. É melhor procurar outros colegas, procurar ficar seguro e tentar outras estratégias que não aumentem ainda mais a violência.
  • Praticar a confiança e a assertividade. Às vezes, não nos sentimos corajosos ou confiantes, mas podemos praticar formas de responder a um bullie, mesmo que para isso tenhamos que fingir que nos sentimos confiantes. Aprendermos formas de sermos assertivos também nos pode ajudar a sentir mais poderosos.
  • Andar sempre acompanhado. Dois (ou mais) são sempre melhor do que um quando temos de lidar com um bullie. Tentar andar sempre com pelo menos mais um amigo é uma boa estratégia. Podemos também oferecer-nos para fazer companhia a alguém que esteja a ser vítima de bullying.
  • Falar sobre o bullying. Pode ajudar-nos a sentir melhor e compreendidos falarmos com alguém sobre a situação de bullying – um amigo, os nossos pais, um Professor ou um Psicólogo. Falar com alguém pode ajudar a acalmar a nossa ansiedade e sentimentos de medo e frustração.

Joana Santos, Psicóloga

NOTA: mais informações podem também ser consultadas no site da Ordem dos Psicólogos Portugueses (, )

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